Primeira liga gay de futebol faz campeonato no Rio

Como de dessem um golpe no preconceito em um dos esportes mais homofóbicos do mundo, a primeira liga de futebol society LGBTQ do país entrará em campo pela segunda vez. Acontecerá no Rio de Janeiro, no dia 25 de novemebro, a 1ª Champions Ligay, torneio criado por um grupo de amigos “cansados de ter de explicar que gays também podem jogar futebol”, segundo disse ao blog um dos fundadores do Unicorns Brazil (SP), Filipe Marquezin.

Desde a versão piloto do campeonato, em julho, que recebeu o nome de Taça Hornet da Diversidade e foi patrocinada pelo aplicativo de encontros que dá nome ao prêmio, o número de seleções inscritas no torneio mais que dobrou. Outros cinco times já confirmaram presença na edição de abril, quando está marcado o segundo campeonato, em Porto Alegre (RS).

“O interesse por futebol cresceu bastante entre os gays depois do primeiro campeonato. Nossa ideia sempre foi reunir os amigos, mas entendemos que combatemos o preconceito quando desmistificamos a ideia de que o esporte [futebol] é coisa de machão”, diz Marquezin.

Além do Unicorns Brazil, entrarão em campo os times Alligaytorns (RJ), CapiVaras (PR), Bharbixas (MG), Sereyos (SC), Magia FC (RS), Futeboys FC (SP), Bravus (DF) e o anfitrião BeesCats Soccer Boys (RJ).

Sem grandes patrocinadores, os integrantes da Ligay se reúnem como e quando podem. Para o campeonato do dia 25, o Grupo Águia, que cuida da operação da CBF, intermediou as negociações para baratear custos de hospedagem e transporte das equipes, que estarão concentradas em um hotel de Ipanema, na zona sul carioca.

Os organizadores esperam que 400 jogadores ocupem o Rio Sport, na Barra da Tijuca, entre as 13h e 19h. Após os jogos, na festa de encerramento, outras 400 devem assistir ao show de ritmos pop do Candybloco. No evento haverá um estande da grife de cosméticos Granado onde garotos poderão, gratuitamente, fazer a barba. Até o domingo (12), os ingressos do primeiro lote do campeonato custam R$ 30 no site da Sympla.

Não há “dress code” obrigatório, mas a liga sugere que todos vistam uma roupa de jogador porque “mais de 90% da festa estará de meião e chuteira”.