Close https://close.blogfolha.uol.com.br O mundo gay visto de perto Thu, 02 Aug 2018 20:15:22 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Rússia é Disney gay se comparada ao Qatar, sede da próxima Copa do Mundo https://close.blogfolha.uol.com.br/2018/06/27/russia-e-disney-gay-se-comparada-ao-qatar-sede-da-proxima-copa-do-mundo/ https://close.blogfolha.uol.com.br/2018/06/27/russia-e-disney-gay-se-comparada-ao-qatar-sede-da-proxima-copa-do-mundo/#respond Wed, 27 Jun 2018 22:43:33 +0000 https://close.blogfolha.uol.com.br/files/2018/06/391d511c32fce17870f8651426b68b0df71534e8a6f392505444454c7bf5327f_5b22799b67ff8_preview-320x213.jpg http://close.blogfolha.uol.com.br/?p=158 Mesmo com os esforços de uma parcela jovem da comunidade LGBT em busca de visibilidade no esporte, o futebol e seus dirigentes parecem não estar nem um pouco preocupados com o assunto.

A Rússia pode destilar a homofobia com uma propaganda anti-gay que limita o afeto aos guetos das capitais e abafa agressões físicas, mas se comparada ao Qatar, sede da Copa de 2022, o país é um oásis da expressão homoafetiva.

Até sete anos de prisão é o que espera um homem flagrado trocando carícias com outro. Se um deles for muçulmano, caso de 76% da população qatariana, a lei islâmica (sharia) prevê chibatadas ou pena de morte, embora o recurso não tenha sido aplicado nos últimos anos.

Se para o Mundial deste ano a recomendação do Itamaraty era para que casais gays evitassem manifestações de carinho em público, a do ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter, foi um banho de água fria para o torcedor homossexual.

Após o anúncio da Copa 2022, ele recomendou, supostamente em tom de brincadeira, “abstenção” de qualquer atividade sexual.

Por sua vez, o ministro dos Esportes qatariano, Salah bin Ghanem bin Nasser al-Ali, disse à agência Associated Press que estudaria soluções “criativas” para o impasse cultural, mas que “respeitaria as regras do país” . O celibato, até segunda ordem, está mantido.

Assim como a maioria das nações da África subsaariana, os países que margeiam o golfo pérsico têm leis rígidas contra a homossexualidade. As diferenças entre um e outro país do Oriente Médio estão nas interpretações da lei e o quanto de vista grossa cada um faz para a prática de “sodomia”.

O Líbano, por exemplo, até 2012 submetia homossexuais a exames invasivos para comprovar a prática de sexo anal. Atualmente, a capital Beirute é a nova meca gay do mundo árabe e tem uma faixa de areia tão disputada por turistas homossexuais em busca de diversão quanto a de Tel Aviv, em Israel, cidade que o jornal americano “The Boston Globe” já considerou a “mais gay da terra”.

No Qatar as coisas são bem diferentes, e não são apenas casais que poderão enfrentar problemas com a legislação. Solteiros não terão à disposição boates como as das grandes cidades russas, onde mesmo sob tensão é possível desenvolver algum nível de afeto, sexual ou não.

De acordo com o Gays Cruising, site famoso por localizar, com ajuda de usuários, pontos de encontro LGBT em qualquer cidade do mundo, há apenas dois locais na capital Doha onde homens cruzam olhares, enquanto Moscou concentra dez endereços desse tipo.

Os estabelecimentos qatarianos, claro, não são direcionados ao público LGBT. Um deles seria uma das filiais do Caribou Coffee, curiosamente, localizado ao lado do estádio de futebol Jassim Bin Hamad, sede do time Al-Sadd Sports Club.

O site pontua que homens interessados em alguma intimidade devem colocar um lenço vermelho no bolso de trás da calça para serem reconhecidos. A recomendação de Blatter, nota-se, faz algum sentido. Mas, em vez de reprimir a si próprio, porque não abrir os olhos para o óbvio e aceitar que essa próxima Copa não merecerá um real do seu investimento?

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Primeira liga gay de futebol faz campeonato no Rio https://close.blogfolha.uol.com.br/2017/11/10/primeira-liga-gay-de-futebol-faz-campeonato-no-rio/ https://close.blogfolha.uol.com.br/2017/11/10/primeira-liga-gay-de-futebol-faz-campeonato-no-rio/#respond Fri, 10 Nov 2017 17:07:52 +0000 https://close.blogfolha.uol.com.br/files/2017/11/IMG-20171108-WA0006-180x120.jpg http://close.blogfolha.uol.com.br/?p=102 Como de dessem um golpe no preconceito em um dos esportes mais homofóbicos do mundo, a primeira liga de futebol society LGBTQ do país entrará em campo pela segunda vez. Acontecerá no Rio de Janeiro, no dia 25 de novemebro, a 1ª Champions Ligay, torneio criado por um grupo de amigos “cansados de ter de explicar que gays também podem jogar futebol”, segundo disse ao blog um dos fundadores do Unicorns Brazil (SP), Filipe Marquezin.

Desde a versão piloto do campeonato, em julho, que recebeu o nome de Taça Hornet da Diversidade e foi patrocinada pelo aplicativo de encontros que dá nome ao prêmio, o número de seleções inscritas no torneio mais que dobrou. Outros cinco times já confirmaram presença na edição de abril, quando está marcado o segundo campeonato, em Porto Alegre (RS).

“O interesse por futebol cresceu bastante entre os gays depois do primeiro campeonato. Nossa ideia sempre foi reunir os amigos, mas entendemos que combatemos o preconceito quando desmistificamos a ideia de que o esporte [futebol] é coisa de machão”, diz Marquezin.

Além do Unicorns Brazil, entrarão em campo os times Alligaytorns (RJ), CapiVaras (PR), Bharbixas (MG), Sereyos (SC), Magia FC (RS), Futeboys FC (SP), Bravus (DF) e o anfitrião BeesCats Soccer Boys (RJ).

Sem grandes patrocinadores, os integrantes da Ligay se reúnem como e quando podem. Para o campeonato do dia 25, o Grupo Águia, que cuida da operação da CBF, intermediou as negociações para baratear custos de hospedagem e transporte das equipes, que estarão concentradas em um hotel de Ipanema, na zona sul carioca.

Os organizadores esperam que 400 jogadores ocupem o Rio Sport, na Barra da Tijuca, entre as 13h e 19h. Após os jogos, na festa de encerramento, outras 400 devem assistir ao show de ritmos pop do Candybloco. No evento haverá um estande da grife de cosméticos Granado onde garotos poderão, gratuitamente, fazer a barba. Até o domingo (12), os ingressos do primeiro lote do campeonato custam R$ 30 no site da Sympla.

Não há “dress code” obrigatório, mas a liga sugere que todos vistam uma roupa de jogador porque “mais de 90% da festa estará de meião e chuteira”.

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